'O Estado de S. Paulo' afirmou que teve acesso a despachos do ministro assinados eletronicamente no dia 4. Depois da divulgação, STF informou que são 76 inquéritos. Saiba o que disseram os citados.
Por G1, Brasília
O ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a Procuradoria Geral da República (PGR) a investigar 9 ministros, 29 senadores e 42 deputados federais que fazem parte da chamada "lista do Janot", afirmou nesta terça-feira (11) reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo".
Entre os alvos dos novos inquéritos, segundo o site da publicação, estão os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE).
O teor das decisões de Fachin não foi divulgado oficialmente. O texto da reportagem informa que o jornal teve acesso a despachos do ministro, assinados eletronicamente no último dia 4.
Depois da divulgação das informações, o STF informou oficialmente que Fachin determinou a abertura de 76 inquéritos para investigar políticos e autoridades com base nas delações de ex-executivos da Odebrecht. Dessas investigações, duas estão mantidas em sigilo pelo ministro, que é relator da Operação Lava Jato no Corte.
Segundo o gabinete de Fachin, foram arquivados sete casos envolvendo autoridades, a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), por falta de indícios da ocorrência de crimes.
Segundo informou o Supremo, a PGR ainda pediu ao ministro que enviasse de volta aos investigadores três pedidos de investigação, para nova análise dos relatos. O próprio Fachin remeteu outros oito pedidos à PGR, para nova manifestação do órgão, responsável pela condução das investigações.
O ministro também decidiu enviar para instâncias inferiores da Justiça 201 pedidos de investigação de pessoas citadas sem o chamado “foro privilegiado” (prerrogativa de responder a processo somente no STF). Ainda existem outros 25 pedidos mantidos sob sigilo, por risco de atrapalhar as investigações.
Ministros de Temer
Dos 28 ministros do governo Michel Temer, nove serão investigados no Supremo Tribunal Federal por ordem de Edson Fachin, afirma o jornal.
Janot pediu ao STF para investigar os ministros Eliseu Padilha (PMDB), da Casa Civil; Moreira Franco (PMDB), da Secretaria-Geral da Presidência; Gilberto Kassab (PSD), da Ciência e Tecnologia; Helder Barbalho (PMDB), da Integração Nacional; Aloysio Nunes (PSDB), das Relações Exteriores; Blairo Maggi (PP), da Agricultura; Bruno Araújo (PSDB), das Cidades; Roberto Freire (PPS), da Cultura; e Marcos Pereira (PRB), da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
De acordo com o "Estadão", Padilha e Kassab serão alvo de dois inquéritos abertos na Corte para apurar as denúncias dos delatores da Odebrecht.
A reportagem ressalta que Michel Temer é citado nos pedidos de abertura de dois inquéritos, mas, em razão da "imunidade temporária" que ele possui como presidente da República, a PGR não o incluiu na "lista do Janot".
No período em que estiver no comando do Palácio do Planalto, Temer não poderá ser investigado por crimes que não tenham relação com o exercício do mandato.
Senadores
A reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo" informa que os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Romero Jucá (PMDB-RR) são os alvos da "lista do Janot" com maior número de inquéritos abertos: 5 cada. Aécio é presidente nacional do PSDB. Jucá, além de presidir o PMDB, é o líder do governo Michel Temer no Senado.
Na sequência, vem o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que é alvo de quatro inquéritos .
Delações da Odebrecht
Os pedidos de investigação apresentados em 14 de março ao Supremo pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se basearam nos depoimentos de 40 dos 78 delatores da Odebrecht, segundo informou o jornal.
De acordo com o site da publicação, Fachin autorizou a retirada do sigilo das investigações que ele mandou abrir a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
A chamada "lista do Janot", segundo "O Estado de S. Paulo", contém 83 pedidos de abertura de inquérito, 211 pedidos de remessa de trechos das delações que citam pessoas sem foro no STF para outras instâncias da Justiça, 7 pedidos de arquivamento e 19 outras providências.
De acordo com o jornal, o relator da Lava Jato também autorizou a investigação, no próprio STF, de um ministro do Tribunal de Contas da União, de três governadores e de 24 outros políticos e autoridades que, embora não tenham foro no tribunal, estão relacionados aos fatos narrados pelos colaboradores.
A lista
A lista dos investigados, segundo o jornal, é a seguinte:
MINISTROS (9)
PMDB (3)
- Ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB)
- Ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco (PMDB)
- Ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho (PMDB)
PSDB (2)
- Ministro das Cidades, Bruno Cavalcanti de Araújo (PSDB)
- Ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB)
PPS (1)
- Ministro da Cultura, Roberto Freire (PPS)
PRB (1)
- Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Antônio Pereira (PRB)
PP (1)
- Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Borges Maggi (PP)
PSD (1)
- Ministro da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab (PSD)
SENADORES (29)
PMDB (9)
- Romero Jucá Filho (PMDB-RR)
- Renan Calheiros (PMDB-AL)
- Edison Lobão (PMDB-MA)
- Kátia Regina de Abreu (PMDB-TO)
- Eunício Oliveira (PMDB-CE)
- Eduardo Braga (PMDB-AM)
- Valdir Raupp (PMDB-RO)
- Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN)
- Marta Suplicy (PMDB-SP)
PSDB (7)
- Aécio Neves (PSDB-MG)
- Antônio Anastasia (PSDB-MG)
- Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
- Dalírio José Beber (PSDB-SC)
- José Serra (PSDB-SP)
- Eduardo Amorim (PSDB-SE)
- Ricardo Ferraço (PSDB-ES)
PT (4)
- Paulo Rocha (PT-PA)
- Humberto Costa (PT-PE)
- Jorge Viana (PT-AC)
- Lindbergh Farias (PT-RJ)
PSB (2)
- Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE)
- Lidice da Mata (PSB-BA)
DEM (2)
- José Agripino Maia (DEM-RN)
- Maria do Carmo Alves (DEM-SE)
PP (2)
- Ciro Nogueira (PP-PI)
- Ivo Cassol (PP-RO)
PC do B (1)
- Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)
PTC (1)
- Fernando Afonso Collor de Mello (PTC-AL)
PSD (1)
- Omar Aziz (PSD-AM)
DEPUTADOS FEDERAIS (42)
PT (11)
- Marco Maia (PT-RS)
- Carlos Zarattini (PT-SP)
- Nelson Pellegrino (PT-BA)
- Maria do Rosário (PT-RS)
- Vicente “Vicentinho” Paulo da Silva (PT-SP)
- Vander Loubet (PT-MS)
- Zeca Dirceu (PT-PR)
- Zeca do PT (PT-MS)
- Vicente Cândido (PT-SP)
- Décio Lima (PT-SC)
- Arlindo Chinaglia (PT-SP)
PP (5)
- Mário Negromonte Jr. (PP-BA)
- Paulo Henrique Lustosa (PP-CE)
- Cacá Leão (PP-BA)
- Dimas Fabiano Toledo (PP-MG)
- Júlio Lopes (PP-RJ)
DEM (5)
- Rodrigo Maia (DEM-RM), presidente da Câmara
- José Carlos Aleluia (DEM-BA)
- Felipe Maia (DEM-RN)
- Ônix Lorenzoni (DEM-RS)
- Rodrigo Garcia (DEM-SP)
PMDB (4)
- Jarbas de Andrade Vasconcelos (PMDB-PE)
- Pedro Paulo (PMDB-RJ)
- Lúcio Vieira Lima (PDMB-BA)
- Daniel Vilela (PMDB-GO)
PSDB (4)
- Jutahy Júnior (PSDB-BA)
- Yeda Crusius (PSDB-RS)
- João Paulo Papa (PSDB-SP)
- Betinho Gomes (PSDB-PE)
PR (3)
- João Carlos Bacelar (PR-BA)
- Milton Monti (PR-SP)
- Alfredo Nascimento (PR-AM)
PRB (2)
- Celso Russomano (PRB-SP)
- Beto Mansur (PRB-SP)
PSB (2)
- José Reinaldo (PSB-MA), por fatos de quando era governador do Maranhão
- Heráclito Fortes (PSB-PI)
PSD (2)
- Antônio Brito (PSD-BA)
- Fábio Faria (PSD-RN)
PC do B (1)
- Daniel Almeida (PCdoB-BA)
PTB (1)
- Paes Landim (PTB-PI)
PPS (1)
- Arthur Oliveira Maia (PPS-BA)
SD (1)
- Paulinho da Força (SD-SP)
Ministros do TCU (1)
- Vital do Rêgo Filho
Governadores (3)
- Rio Grande do Norte: Robinson Faria (PSD)
- Acre: Tião Viana (PT)
- Alagoas: Renan Filho (PMDB)
Outros (24)
- Prefeita de Mossoró/RN e ex-governadora do Estado, Rosalba Ciarlini (PP)
- Valdemar da Costa Neto (PR)
- Luís Alberto Maguito Vilela, ex-Senador da República e Prefeito Municipal de Aparecida de Goiânia entre os anos de 2012 e 2014
- Edvaldo Pereira de Brito, então candidato ao cargo de senador pela Bahia nas eleições 2010
- Oswaldo Borges da Costa, ex-presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais/Codemig
- Cândido Vaccarezza (ex-deputado federal PT)
- Guido Mantega (ex-ministro)
- César Maia (DEM), vereador e ex-prefeito do Rio de Janeiro e ex-deputado federal
- Paulo Bernardo da Silva, então ministro de Estado
- Eduardo Paes (PMDB), ex-prefeito do Rio de Janeiro
- José Dirceu
- Deputada Estadual em Santa Catarina, Ana Paula Lima (PT-SC)
- Márcio Toledo, arrecadador das campanhas da senadora Suplicy
- Napoleão Bernardes, Prefeito Municipal de Blumenau/SC
- João Carlos Gonçalves Ribeiro, que então era secretário de Planejamento do Estado de Rondônia
- advogado Ulisses César Martins de Sousa, à época Procurador-Geral do Estado do Maranhão
- Rodrigo de Holanda Menezes Jucá, então candidato a vice-governador de Roraima, filho de Romero Jucá
- Paulo Vasconcelos, marqueteiro de Aécio
- Eron Bezerra, marido da senadora Grazziotin
- Moisés Pinto Gomes, marido da senadora Kátia Abreu, em nome de quem teria recebido os recursos
- Humberto Kasper
- Marco Arildo Prates da Cunha
- Vado da Famárcia, ex-prefeito do Cabo de Santo Agostinho
- José Feliciano
Nomes citados, as suspeitas e o que dizem
Eliseu Padilha (PMDB-RS), ministro da Casa Civil
Qual a suspeita: Segundo delação de Marcelo Odebrecht, Padilha cobrava propinas para irrigar campanhas eleitorais do PMDB envolvendo concessão de aeroportos.
O que ele diz: A assessoria do ministro informa que ele não vai se pronunciar
Gilberto Kassab (PSD), ministro da Ciência e Tecnologia
O que ele diz: "O ministro confia na Justiça, ressalta que não teve acesso oficialmente às informações e que é necessário ter cautela com depoimentos de colaboradores, que não são provas. Reafirma que os atos praticados em suas campanhas foram realizados conforme a legislação."
Wellington Moreira Franco (PMDB), ministro da Secretaria-Geral da Presidência
Qual a suspeita: Segundo delação de Marcelo Odebrecht, Padilha cobrava propinas para irrigar campanhas eleitorais do PMDB envolvendo concessão de aeroportos.
O que ele diz: A assessoria do ministro informa que ele não vai comentar o assunto
Roberto Freire (PPS), ministro da Cultura
O que ele diz: "O ministro só irá se manifestar sobre a abertura de inquérito quando tiver acesso ao teor das delações. O ministro, entretanto, reforça sua idoneidade em toda a sua trajetória política e sua disposição em contribuir com os esclarecimentos necessários à Justiça."
Bruno de Araújo (PSDB-PE), ministro das Cidades
O que ele diz: "De acordo com a legislação eleitoral, solicitei doações para diversas empresas, inclusive a Odebrecht, como já foi anteriormente noticiado. O sistema democrático vigente estabelecia a participação de instituições privadas por meio de doações. Mantive uma relação institucional com todas essas empresas. Em todo o meu mandato, sempre atuei em prol de interesses coletivos. Atuei de acordo com a minha consciência."
Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), ministro das Relações Exteriores
O que ele diz: Disse que as afirmações são mentirosas. Mas só vai se manifestar depois que tiver acesso ao conteúdo do pedido de inquérito.
Marcos Antônio Pereira (PRB), ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços
O que ele diz: "O ministro está à disposição da Justiça para prestar todos os esclarecimentos necessários, muito embora não tenha sido notificado oficialmente nem tenha conhecimento de nada daquilo que é acusado. Marcos Pereira agiu sempre dentro da lei enquanto presidente de partido, buscando doações empresariais respeitando as regras eleitorais, e esclarecerá não ter qualquer envolvimento com atitudes ilícitas."
Blairo Borges Maggi (PP), ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
O que ele diz: "Lamento que meu nome tenha sido incluído numa lista de pessoas citadas em delações da Construtora Odebrecht, sem que eu tivesse qualquer possibilidade de acesso ao conteúdo para me defender. Me causa grande constrangimento ter minha honra e dignidade maculadas, numa situação na qual não sei sequer do que sou acusado. Mesmo assim, gostaria de esclarecer que: 1. Não recebi doações da Odebrecht para minhas campanhas eleitorais; 2. Não tenho ou tive qualquer relação com a empresa ou os seus dirigentes. 3. Tenho minha consciência tranquila de que nada fiz de errado."
Helder Barbalho (PMDB), ministro da Integração Nacional
O que ele diz: O ministro Helder Barbalho vem a público prestar os seguintes esclarecimentos: 1) Helder Barbalho nega que tenha cometido ilegalidades; 2) Helder Barbalho reafirma que todos os recursos que recebeu como doações para sua campanha em 2014 foram devidamente registradas junto ao TRE-PA, que aprovou todas as suas contas; 3) Helder Barbalho esclarece que não tinha e não tem qualquer ingerência sobre a área de saneamento no município de Marabá; 4) Helder Barbalho destaca sua estranheza com o codinome Cavanhaque. Em toda sua trajetória política, Helder Barbalho nunca usou cavanhaque.
Renan Filho (PMDB), governador de Alagoas
O que ele diz: Ele afirma que todas as doações recebidas na campanha foram rigorosamente dentro da lei, declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral.
Robinson Faria (PSD), governador do Rio Grande do Norte
Tião Viana (PT), governador do Acre
O que ele diz: "Confio na Justiça, defenderei a minha honra com determinação e tomarei todas as medidas judiciais cabíveis contra os delatores da calúnia e os propagandistas da desonra. Indignado, mas de consciência tranquila, reafirmo: estou longe dessa podridão, essa podridão está longe de mim."
Eunício Oliveira (PMDB-CE), presidente do Senado
Qual a suspeita: De acordo com a delação de funcionários da Odebrecht, o presidente do Senado recebeu R$ 2 milhões para facilitar a conversão de medidas provisórias em lei.
O que ele diz: "Não tenho nenhuma informação sobre os nomes nem sobre os inquéritos. Os homens públicos têm que estar sempre atentos e sem medo de fazer os enfrentamentos que a vida a pública nos oferece. Vamos tocar a pauta do Senado naturalmente. Vamos tocar a pauta com naturalidade."
Antônio Anastasia (PSDB-MG), senador
O que ele diz: A assessoria do senador Antonio Anastasia informou que o parlamentar, em toda a sua trajetória "nunca tratou de qualquer assunto ilícito com ninguém."
Romero Jucá Filho (PMDB-RR), senador
O que ele diz: "Sempre estive e sempre estarei à disposição da Justiça para prestar qualquer informação. Nas minhas campanhas eleitorais sempre atuei dentro da legislação e tive todas as minhas contas aprovadas."
Aécio Neves da Cunha (PSDB-MG), senador
O que ele diz: A assessoria do senador informa, em nota, que ele "considera importante o fim do sigilo sobre o conteúdo das delações, iniciativa solicitada por ele ao ministro Edson Fachin na semana passada, e considera que assim será possível desmascarar as mentiras e demonstrar a absoluta correção de sua conduta".
Renan Calheiros (PMDB-AL), senador
O que ele diz: "A abertura dos inquéritos permitirá que eu conheça o teor das supostas acusações para, enfim, exercer meu direito de defesa sem que seja apenas baseado em vazamentos seletivos de delações. Um homem público sabe que pode ser investigado. Mas isso não significa condenação prévia ou atestado de que alguma irregularidade foi cometida. Acredito que esses inquéritos serão arquivados por falta de provas, como aconteceu com o primeiro", diz, em nota.
Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), senador
O que ele diz: "A defesa afirma que não foi oficialmente comunicada, tampouco teve acesso à referida investigação. Fernando Bezerra mantém-se, como sempre esteve, à disposição das autoridades a fim de prestar quaisquer esclarecimentos que elas possam necessitar."
Paulo Rocha (PT-PA), senador
O que ele diz: "Todos os recursos da minha companha de 2014 para o Senado Federal foram repassados pela direção nacional e estadual do Partido dos Trabalhadores e estão todos declarados nas prestações de contas junto ao TRE. A utilização desses recursos, empresas doadoras e doadores individuais, enfatizo, obedeceram estritamente às normas da legislação eleitoral em vigor daquele ano."
Humberto Costa (PT-PE), senador
O que ele diz: Em nota, diz que "espera a conclusão de inquérito aberto há mais de dois anos pelo STF, e para o qual a Polícia Federal já se manifestou em favor do arquivamento - aguarda ter acesso aos novos documentos para reunir as informações necessárias à sua defesa". "O senador, que já abriu mão de todos os seus sigilos, se coloca, como sempre o fez, à disposição das autoridades para todos os esclarecimentos necessários."
Edison Lobão (PMDB-PA), senador
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), senador
O que ele diz: "Eu recebi, sim, uma doação da Braskem, que é do grupo Odebrecht, na campanha de 2014. Essa doação foi devidamente declarada na minha prestação de contas. Acontece que agora o Ministério Público Federal está pedindo ao Supremo investigação, até mesmo, nessas doações legais porque começa a surgir suspeitas de que alguns partidos fizeram lavagem de dinheiro através das doações partidárias. E, cá para nós, tem que investigar, sim, até o fim, para que tudo seja devidamente esclarecido", afirma, em postagem nas redes sociais.
Jorge Viana (PT-AC), senador
O que ele diz: "Sobre o envolvimento do meu nome e do governador Tião Viana, não há nenhuma denúncia de corrupção contra nós, mas questionamentos sobre a arrecadação da campanha em 2010. Vamos provar na Justiça o que dissemos antes: nossas campanhas foram dentro da lei e feitas com dinheiro limpo."
Lidice da Mata (PSB-BA), senadora
O que ela diz: "Acho muito importante essa autorização do Supremo para a devida abertura dos inquéritos. Espero que agora haja a quebra do sigilo de todo o processo, como já havia solicitado. Tenho a consciência tranquila e a confiança de que tudo será esclarecido. A seriedade da minha vida pública fala por mim. Quem não deve não teme. Espero que as investigações avancem, com transparência e agilidade. Que as responsabilidades sejam devidamente apuradas, para que separemos o joio do trigo".
José Agripino Maia (DEM-RN), senador
O que ele diz: "Mesmo não tendo sido candidato em 2014 e desconhecendo o teor das menções a mim atribuídas, coloco-me à disposição da justiça para colaborar com as investigações que se venham a requerer", diz, em nota.
Marta Suplicy (PMDB-SP), senador
O que ela diz: "Vimos esclarecer que o ministro Edson Fachin não determinou a abertura de investigação contra a senadora Marta Suplicy, mas, sim, retornou a denúncia para o procurador-geral Rodrigo Janot para avaliar a extinção de punibilidade. Os fatos mencionados na delação são inteiramente falsos. A conduta da senadora Marta Suplicy sempre foi baseada nos princípios éticos que marcam toda sua vida pública."
Ciro Nogueira (PP-PI), senador
Dalírio José Beber (PSDB-SC), senador
O que ele diz: "Recebo com surpresa a inserção do meu nome no rol dos investigados. Não tive, até o presente momento, qualquer acesso ao processo para conhecer o conteúdo do que me é atribuído. Rechaço com veemência toda e qualquer denúncia de prática de ilícitos. Estou indignado, mas absolutamente tranquilo, pois minha consciência em nada me acusa. Digo à sociedade brasileira, em especial, aos catarinenses, que sempre confiaram em mim, que espero que rapidamente a verdade seja restabelecida. Neste momento, coloco-me inteiramente à disposição da Justiça."
Ivo Cassol (PP-RO), senador
O que ele diz: O senador afirma que sempre foi contra a isenção de impostos das usinas de Jirau e Santo Antônio desde 2011 e que vai aguardar. “Mas eu posso dizer que para as usinas ou para a campanha, eu não sei, se é algo do partido a nível nacional. Não tenho conhecimento do que é o inquérito, então, por enquanto, eu não sei. Foi citado meu nome e eu só sei que eu peitei e não demos isenção de imposto aí.”
Lindbergh Farias (PT-RJ), senador
O que ele diz: "Mais uma vez confiarei que as investigações irão esclarecer os fatos e, assim como das outras vezes, estou convicto que o arquivamento será o único desfecho possível para esse processo. Novamente justiça será feita."
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), senadora
O que ela diz: "A senadora esclarece que as doações feitas para suas campanhas foram oficiais, declaradas e posteriormente aprovadas pela Justiça Eleitoral."
Kátia Abreu (PMDB-TO), senadora
O que ela diz: "Lamentavelmente, por desconhecer o conteúdo da decisão do ministro Edson Fachin, não tenho, neste momento, elementos suficientes que me permitam rebater as supostas acusações feitas contra mim e o meu marido, mas afirmo categoricamente que, em toda a minha vida pública, nunca participei de corrupção e nunca aceitei participar de qualquer movimento de grupos fora da lei. Estarei à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários de maneira a eliminar qualquer dúvida sobre a nossa conduta. Sigo trabalhando no Senado pelo Brasil e pelo Tocantins. Minha história e minha correção são a base fundamental da minha defesa."
Fernando Collor de Mello (PTC-AL), senador
José Serra (PSDB-SP), senador
O que ele diz: "O senador José Serra reitera que não cometeu nenhuma irregularidade e que suas campanhas foram conduzidas pelo partido, na forma da lei. A abertura do inquérito pelo Supremo Tribunal Federal servirá como oportunidade de demonstrar essas afirmações e a lisura de sua conduta."
Eduardo Braga (PMDB-AM), senador
O que ele diz: O senador desconhece o conteúdo das informações que levaram a PGR a pedir abertura de inquérito. "Vale destacar que a abertura de inquérito não significa que os investigados respondam por qualquer tipo crime. O senador Eduardo Braga, em caso de notificação, prestará todas as informações necessárias à Justiça."
Omar Aziz (PSD-AM), senador
O senador não vai se manifestar.
Valdir Raupp (PMDB-RO), senador
O que ele diz: "Afirma que recebeu com tranquilidade a sua citação na lista do ministro Fachin publicada no dia de hoje, baseada em declarações de delatores que no desespero falam e ninguém pode impedir. Este será o momento que o senador terá para provar que as doações legais destinadas ao Partido foram declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral."
Eduardo Amorim (PSDB-SE), senador
O que ele diz: "Gostaria de esclarecer que não autorizei ninguém a pedir valores para a campanha em meu nome, nunca tive qualquer contato e não conheço os empresários Fernando Luiz Ayres da Cunha Reis e Alexandre José Lopes Barradas - delatores da Lava Jato. Nunca e em tempo algum pedi nada a Odebrecht e, repito, não autorizei ninguém a solicitar dinheiro e muito menos tive conhecimento disso. A minha campanha não utilizou recursos de caixa dois. E isso fica comprovado, inclusive, na denúncia divulgada, onde meu nome não aparece como requerente, nem recebedor destes recursos".
Maria do Carmo Alves (DEM-SE), senadora
Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), senador
"O senador se declara surpreso com a notícia de inclusão do seu nome nas notícias de delações e, ao mesmo tempo em que nega tais suspeitas, põe-se à disposição da Justiça para quaisquer esclarecimentos, inclusive disponibilizando os sigilos bancário, fiscal e telefônico, e espera agilidade na apuração e responsabilidade na distinção entre doações lícitas e sem qualquer contrapartida das doações irregulares."
Ricardo Ferraço (PSDB-ES), senador
O que ele diz: "Foi com absoluta perplexidade e indignação que eu recebi a informação de que meu nome está incluído na chamada lista do Fachin. Toda minha campanha foi declarada e como poderão constatar na prestação de contas no TSE, esta empresa não foi doadora. Nunca tratei qualquer assunto com essas pessoas e tampouco autorizei que alguém tratasse. Acionarei esses mentirosos judicialmente para que provem as acusações."
Paulinho da Força (SD-SP), deputado federal
A assessoria informou que o deputado vai se manifestar quando tiver informações oficiais.
Marco Maia (PT-RS), deputado federal
O que ele diz: O deputado diz que a lista é uma grande mentira e que em nenhum momento fez algum contato ou pedido à Odebrecht. Ele afirma que pretende processar todos os que o citaram e também entrar com um pedido no STF para saber do que é acusado.
Carlos Zarattini (PT-SP), deputado federal
O que ele diz: "Não tive acesso ao conteúdo das supostas delações envolvendo meu nome. Todas as minhas doações de campanha foram legais e declaradas nos órgãos competentes e aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral."
Rodrigo Maia (DEM-RM), presidente da Câmara
O que ele diz: "O processo vai comprovar que são falsas as citações dos delatores, e os inquéritos serão arquivados. Eu confio na justiça e vou continuar confiando sempre. O Ministério Público e a Justiça vão fazer o seu trabalho de forma competente, cabe ao Congresso cumprir seu papel institucional de legislar. Há separação dos poderes."
João Carlos Bacelar (PR-BA), deputado federal
O que ele diz: O deputado declarou que as acusações não são verdadeiras e que ele confia no poder Judiciário.
Milton Monti (PR-SP), deputado federal
O que ele diz: "Gostaria de esclarecer que, apesar de não ter conhecimento, neste momento, do teor das citações referentes ao meu nome nas delações da Odebrecht, reafirmo que agi sempre de acordo com a lei. Todas as doações para as minhas campanhas eleitorais foram feitas legalmente. É bom que se apure, pois, assim, a minha inocência será comprovada."
José Carlos Aleluia (DEM-BA), deputado federal
O que ele diz: "O ministro Fachin autorizou investigar todos, sem distinção, e fez bem. Todo homem público tem que estar ponto para ser investigado. Estou tanquilo e convicto de que esse procedimento vai ser arquivado. Todas as doações de campanha que recebi foram legais e estão declaradas".
Daniel Almeida (PCdoB-BA), deputado federal
O que ele diz: "Sobre as notícias citando o meu nome em possível investigação no STF, não tenho nada a temer. Os baianos e os brasileiros conhecem minha trajetória de mais de 30 anos de atividade pública. Se algum inquérito for aberto, tenho total convicção que o destino será o arquivamento."
Mário Negromonte Jr. (PP-BA), deputado federal
Nelson Pellegrino (PT-BA), deputado federal
O que ele diz: "Estou tranquilo. Meu advogado vai requerer o conteúdo ao STF e, após o conhecimento dos termos, me manifestarei."
Jutahy Júnior (PSDB-BA), deputado federal
O que ele diz: "Tenho absoluta convicção de que esse procedimento será arquivado porque, simplesmente, não tenho nada a ver com a Lava Jato".
Maria do Rosário (PT-RS), deputada federal
O que ela diz: "A medida é uma mera autorização do STF para apuração dos fatos sobre as delações da Odebrecht. No entanto a mera citação de meu nome me deixa indignada. Não me calarei frente a este episódio e não me afastarei um milímetro sequer das causas que acredito e que o nosso trabalho representa. Vou disponibilizar meus sigilos fiscal, bancário e telefônico ao STF tamanha é minha tranquilidade. Meu nome e minha vida não estão à disposição para serem enxovalhados por ninguém em nenhum lugar."
Felipe Maia (DEM-RN), deputado federal
O que ele diz: "Não fui notificado sobre o teor das acusações que envolvem meu nome. Ratifico minha disposição em colaborar com a Justiça para a elucidação de todos os fatos que me mencionem."
Ônix Lorenzoni (DEM-RS), deputado federal
O que ele diz: "Nunca pisei na sede da Odebrecht para pedir um real. Essa foi minha quarta eleição com sigilo fiscal, bancário e telefônico abertos, exatamente para me diferenciar dessa lambança de Brasília. Estou tranquilo, tenho uma vida limpa e ela continuará limpa."
Jarbas de Andrade Vasconcelos (PMDB-PE), deputado federal
O que ele diz: "Esclarece que os recursos recebidos em suas campanhas, proveniente da Odebrecht ou de qualquer outra empresa, foram repassados dentro da lei e estão declarados e aprovados pela Justiça Eleitoral. Todos os valores estão inclusive disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral de forma clara e transparente."
Vicente Paulo da Silva (PT-SP), deputado federal
O que ele diz: "É uma surpresa. Meus projetos são, inclusive, contra a própria Odebrecht. Eu defendendo o direito dos trabalhadores. Nunca fiz acordo com eles e não sou corrupto."
Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), deputado federal
Yeda Crusius (PSDB-RS), deputada federal
Paulo Henrique Lustosa (PP-CE), deputado federal
José Reinaldo (PSB-MA), deputado federal
O que ele diz: "Embora surpreso com a inclusão de seu nome entre os investigados, o deputado José Reinaldo mantém-se absolutamente tranquilo, confiante na Justiça brasileira, e manifesta sua absoluta convicção que a apuração demonstrará sua inocência."
João Paulo Papa (PSDB-SP), deputado federal
O que ele diz: "Assim que tomar conhecimento do processo, poderei me manifestar. Em 30 anos de vida pública e três eleições, tive todas as prestações de contas aprovadas pela Justiça Eleitoral."
Vander Loubet (PT-MS), deputado federal
O que ele diz: "O deputado federal Vander Loubet informa que vai aguardar a manifestação oficial do Supremo Tribunal Federal (STF) para se pronunciar acerca da informação de abertura de inquérito apontada na matéria do jornal O Estado de S. Paulo desta terça-feira (11), tendo em vista que não teve acesso ao teor das acusações. Por conta do tema, o parlamentar reforça que todas as contribuições recebidas em campanha eleitoral foram devidamente oficializadas em prestações de contas aprovadas pela Justiça Eleitoral."
Rodrigo Garcia (DEM-SP), deputado federal
O que ele diz: "Jamais recebi doação não contabilizada em minhas campanhas eleitorais. Sou o maior interessado que esse assunto seja esclarecido o mais breve possível."
Cacá Leão (PP-BA), deputado federal
O que ele diz: "A divulgação ainda não é oficial e o STF nem referendou nem desmentiu a informação. Então, em primeiro lugar, é preciso esperar o STF se pronunciar. De qualquer maneira, recebi com surpresa, mas também tenho toda a tranquilidade do mundo de que todos os recursos q recebi na campanha de 2014 estão em minha prestação oficial de contas, que foi aprovada pelo Tribunal de Contas. Apoio as investigações e não tenho medo nenhum do processo."
Celso Russomano (PRB-SP), deputado federal
Dimas Fabiano Toledo (PP-MG), deputado federal
Pedro Paulo (PMDB-RJ), deputado federal
Lúcio Vieira Lima (PDMB-BA), deputado federal
O deputado não vai comentar.
Paes Landim (PTB-PI), deputado federal
Daniel Vilela (PMDB-GO), deputado federal
Nota conjunta ex-prefeito Maguito Vilela e deputado Daniel Vilela (PMDB): "As campanhas de Maguito Vilela, em 2012, e de Daniel Vilela, em 2014, foram feitas inteiramente com recursos contabilizados conforme determina o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e aprovadas pela referida Corte. As prestações de contas estão disponíveis no site do TSE. Maguito e Daniel afirmam que nunca estiveram, nunca falaram, e sequer conhecem os delatores. Ambos refutam qualquer acusação."
Alfredo Nascimento (PR-AM), deputado federal
Zeca Dirceu (PT-SP), deputado federal
O que ele diz: O deputado reitera que não há e nunca houve qualquer tipo de tratativa do parlamentar junto às diretorias da Petrobras e/ou às empresas investigadas na Lava Jato. "Apesar das inúmeras investigações em andamento há vários anos, não existe sequer uma única ligação, e-mail, contato, agenda de reunião, testemunho, delação ou coisa parecida em relação a qualquer atitude do parlamentar que o ligue ao assunto Petrobras / Lava Jato ou a qualquer tipo de ilegalidade. É importante destacar que nunca houve qualquer pedido do parlamentar a envolvidos na Lava Jato, fato já testemunhado por vários outros delatores e agora comprovado pelo próprio delator Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis. Todas as doações recebidas nas campanhas de 2010 e de 2014 foram legais, declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral sem ressalvas. Os nomes dos doadores são de conhecimento público desde 2010, divulgados constantemente pelos órgãos de imprensa. O deputado reforça sua confiança no Supremo Tribunal Federal e no trabalho de investigação da Polícia Federal."
Betinho Gomes (PSDB-PE), deputado federal
O que diz: "O parlamentar esclarece que teve todas as contas de campanha contabilizadas e aprovadas pela Justiça Eleitoral; pedirá acesso à íntegra do referido inquérito; jamais defendeu interesses privados em detrimento do interesse público; nunca teve encontros com os referidos delatores mencionados pela imprensa; tem total interesse que o caso seja o mais rapidamente esclarecido."
Zeca do PT (PT-MS), deputado federal
Vicente Cândido (PT-SP), deputado federal
Júlio Lopes (PP-RJ), deputado federal
O que ele diz: "O deputado Julio Lopes confia no trabalho das instituições e se coloca à disposição da Justiça para colaborar com informações que vão esclarecer todos os fatos. O parlamentar reitera que todas as suas contas eleitorais foram aprovadas pela Justiça."
Fábio Faria (PSD-RN), deputado federal
Heráclito Fortes (PSB-PI), deputado federal
O que ele diz: "Não tem conhecimento dos termos do pedido de abertura de inquérito formulado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Não pode, portanto, se manifestar acerca da reportagem do jornal O Estado de São Paulo sem ser leviano e especulativo."
Beto Mansur (PRB-SP), deputado federal
O que ele diz: "Recebi doações feitas por empresas, dentre elas a Odebrecht, para minha campanha eleitoral. Essas doações foram efetuadas dentro da legislação vigente à época. Todas essas doações constam da minha prestação de contas, aprovada pela Justiça Eleitoral, com o nome da empresa, CNPJ, data e valor. Não há nada de errado e tudo foi feito com transparência e rigorosamente dentro da lei."
Antônio Brito (PSD-BA), deputado federal
O que ele diz: "Antonio Brito e Edvaldo Brito declaram que recebem a notícia da autorização para apuração dos fatos relativos à eleição de 2010 com total serenidade, uma vez que se trata de procedimento legal, no qual será possível apurar a verdade dos fatos. Destacam, ainda, que doações eleitorais recebidas, relativas a campanha de 2010, foram declaradas e aprovadas nas prestações de contas ao TSE."
Décio Lima (PT-SC), deputado federal
O que ele diz: "Em relação a menção do meu nome nas investigações do Supremo Tribunal Federal, recebo com tranquilidade, uma vez que confio que a verdade prevalecerá e a justiça será feita. Declaro que sou o maior interessado no esclarecimento de toda esta situação. É importante destacar que não sou réu nem investigado em nenhum processo da Lava Jato. A minha vida pública sempre foi pautada pela ética, lisura e transparência e a minha história demonstra a preocupação com a legalidade de todos os meus atos."
Arlindo Chinaglia (PT-SP), deputado federal
O que ele diz: "Frente à divulgação de uma lista em que o nome do deputado de forma surpreendente aparece, e por não saber onde e de que maneira foi citado, o deputado está determinado a buscar, junto ao Supremo Tribunal Federal, todas as informações para que a verdade prevaleça."
Ana Paula Lima (PT-SC), deputada estadual
O que ela diz: "Declaro serenidade e estou à disposição das autoridades competentes para prestar todos os esclarecimentos. Afirmo que não sou ré nem investigada em nenhum processo da Lava Jato. Afirmo que as doações à minha campanha eleitoral foram declaradas e aprovadas pelos órgãos competentes, e que minha conduta pública é regida pelos princípios da ética, moral e legalidade."
Vital do Rêgo Filho, ministro do Tribunal de Contas da União
O que ele diz: "O ministro do TCU Vital do Rêgo e sua defesa não tiveram acesso ao conteúdo do pedido de abertura de inquérito mencionado pela imprensa. O ministro está à disposição das autoridades e confia que será comprovada a falta de relação entre ele e os fatos investigados."
Rosalba Ciarlini (PP), prefeita de Mossoró (RN) e ex-governadora do Estado
Valdemar da Costa Neto (PR)
O que ele diz: "O Partido da República, como é do conhecimento do público, tem por norma não comentar conteúdos que serão objeto de exame do poder Judiciário."
Luís Alberto Maguito Vilela, ex-senador da República e prefeito de Aparecida de Goiânia entre os anos de 2012 e 2014
Nota conjunta ex-prefeito Maguito Vilela e deputado Daniel Vilela (PMDB): "As campanhas de Maguito Vilela, em 2012, e de Daniel Vilela, em 2014, foram feitas inteiramente com recursos contabilizados conforme determina o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e aprovadas pela referida Corte. As prestações de contas estão disponíveis no site do TSE. Maguito e Daniel afirmam que nunca estiveram, nunca falaram, e sequer conhecem os delatores. Ambos refutam qualquer acusação."
Edvaldo Pereira de Brito, candidato ao cargo de senador pela Bahia nas eleições 2010
"Antonio Brito e Edvaldo Brito declaram que recebem a notícia da autorização para apuração dos fatos relativos à eleição de 2010 com total serenidade, uma vez que se trata de procedimento legal, no qual será possível apurar a verdade dos fatos. Destacam, ainda, que doações eleitorais recebidas, relativas a campanha de 2010, foram declaradas e aprovadas nas prestações de contas ao TSE."
Oswaldo Borges da Costa, ex-presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais
Cândido Vaccarezza, ex-deputado federal pelo PT
Guido Mantega, ex-ministro
O que ele diz: O advogado José Roberto Batochio diz que a defesa de Mantega ainda não conhece os motivos para abertura do inquérito e que só vai se pronunciar quando tiver acesso ao teor da denúncia.
César Maia (DEM), vereador, ex-prefeito do Rio de Janeiro e ex-deputado federal
Paulo Bernardo da Silva, ex-ministro
O que ele diz: Paulo Bernardo nega ter feito esse pedido e informa que não teve qualquer conversa com executivos da Odebrecht para tratar da inclusão da obra no PAC. "Ela foi incluída de maneira absolutamente lícita e atendendo a reivindicação da bancada federal do RS, sem qualquer participação da empresa Odebrecht", afirma a advogada Verônica Sterman.
Eduardo Paes (PMDB), ex-prefeito do Rio de Janeiro
José Dirceu
O que ele diz: O advogado Roberto Podval diz que só vai comentar após ter conhecimento da íntegra da denúncia.
Márcio Toledo, arrecadador das campanhas da senadora Marta Suplicy
Napoleão Bernardes, prefeito de Blumenau (SC)
O que ele diz: "Recebo essa informação com perplexidade e com indignação. Sou o mais interessado e o primeiro interessado que a verdade seja estabelecida. E a verdade é comprovar a minha mais absoluta isenção em relação a esses fatos, que eu nem sei do que se tratam. Simplesmente é uma menção em uma lista e que não menciona o que se disse, o que se fez. Isso nos deixa perplexos e indignados por um lado, mas eu tenho a mais absoluta consciência tranquila em relação a que a verdade dos fatos vai demonstrar a nossa isenção. Meu governo é pautado por ética, seriedade, transparência, credibilidade. A minha vida pública se confunde com a minha própria história de vida. Pessoas de Blumenau me viram crescer e todos sabem da minha inocência, da minha retidão, do meu compromisso com a ética, do meu compromisso com o respeito ao interesse público e eu tenho certeza que isso haverá de ser comprovado e a justiça vai ser estabelecida. E a justiça é demonstrar toda a credibilidade, seriedade, honestidade das nossas ações. "
João Carlos Gonçalves Ribeiro, ex-secretário de Planejamento do governo de Rondônia
Ulisses César Martins de Sousa, advogado e ex-procurador-geral do Estado do Maranhão
Rodrigo de Holanda Menezes Jucá, candidato a vice-governador de Roraima, filho de Romero Jucá
O que ele diz: A assessoria informa que desconhece que o nome dele esteja na lista.
Paulo Vasconcelos, marqueteiro de Aécio Neves
Eron Bezerra, marido da senadora Vanessa Grazziotin
O que ele diz: "Eu não sei nem que diabo é [a operação Lava Jato]. Eu nunca tive contato com a Odebrecht, portanto eu não sei nem do que se trata [a lista do Fachin]. Infelizmente isso virou um negócio genérico. Eu não tenho a menor condição de opinar [sobre isso]. Eu repito: nunca tive contato com a Odebrecht, com Camargo Correia, Gutierrez ou com qualquer empreiteira dessas, portanto não sei como apareceu meu nome em uma relação de pessoas que receberam doação. É mais uma irresponsabilidade das muitas que acontecem nessa época de caça às bruxas."
Moisés Pinto Gomes, marido da senadora Kátia Abreu
O que ele diz: "Lamentavelmente, por desconhecer o conteúdo da decisão do ministro Edson Fachin, não tenho, neste momento, elementos suficientes que me permitam rebater as supostas acusações feitas contra mim e o meu marido, mas afirmo categoricamente que, em toda a minha vida pública, nunca participei corrupção e nunca aceitei participar de qualquer movimento de grupos fora da lei. Estarei à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários de maneira a eliminar qualquer dúvida sobre a nossa conduta. Sigo trabalhando no Senado pelo Brasil e pelo Tocantins. Minha história e minha correção são a base fundamental da minha defesa", diz a nota conjunta com a mulher, Kátia Abreu.
Humberto Kasper
Marco Arildo Prates da Cunha
Vado da Famárcia, ex-prefeito do Cabo de Santo Agostinho
O que ele diz: A assessoria do ex-prefeito informa que ele nega ter recebido qualquer recurso de forma ilícita para sua campanha eleitoral em 2012, que suas contas foram aprovadas pela Justiça Eleitoral, que não tem nada a temer e se coloca à disposição da Justiça para fazer os esclarecimentos necessários.
José Feliciano
Fonte: G1
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